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O poder do erro: o aprendizado através das nossas falhas

Entenda de que modo as nossas falhas podem contribuir na jornada de aprendizado e como a cultura do erro promove a experimentação e a criatividade, podendo assim impulsionar a inovação nas organizações.

Sumário

Introdução

Antes de explorarmos a chamada “cultura do erro” nas organizações, é crucial destacar que não se trata de celebrar ou romantizar o que não está funcionando.

As organizações devem definir claramente o que é uma falha inaceitável e comunicar isso aos colaboradores, alinhando-se às suas normas e cultura.

Em cenários como uma linha de produção, por exemplo, uma mentalidade de tolerância zero ao descumprimento de práticas de segurança que pode levar a acidentes deve prevalecer.

Em outros contextos, a abordagem de tentativa e erro pode ser benéfica, resultando em maior agilidade e eficiência nos processos. Mesmo as falhas podem se transformar em oportunidades de aprendizado se a liderança lidar com elas adequadamente.

O poder do erro

A cultura organizacional que possui tolerância ao erro se caracteriza por ter uma  mentalidade e ambiente onde os erros são vistos como oportunidades de aprendizado e crescimento, em vez de falhas inaceitáveis ou motivo de punição. 

Em lugares como esse, vemos uma atitude que valoriza a experimentação, a tentativa e erro, e reconhece que as falhas fazem parte integrante do processo de inovação e desenvolvimento de uma organização.

Dessa forma, o aprendizado contínuo se caracteriza como a essência dessa cultura (também chamado de “lifelong learning” ou aprendizado para a vida toda). Consequentemente, a transparência se torna uma prática encorajada, pois compartilhar erros é valorizado tanto quanto celebrar os acertos.

Nessa mentalidade, a responsabilidade é coletiva, não uma questão de atribuição de culpa. Assim, cada membro da equipe está engajado no processo de aprendizado e melhoria contínua.

A cultura como essa é o oposto de rigidez, nela há a promoção da experimentação, alimentando a inovação. Neste ambiente, a aceitação de riscos está entrelaçada com a busca por soluções criativas e novas ideias. É uma cultura de apoio, onde os membros da equipe sentem-se seguros e cientes de que podem correr riscos sem temer.

A adaptabilidade é outra vantagem nesta cultura. Aceitar erros significa estar aberto a mudanças. Essas organizações são flexíveis, ajustando estratégias conforme necessário. Aqui, o foco não está em culpar quem errou, mas em encontrar soluções e aprimorar processos. A confiança, nutrida por uma aceitação franca de erros, é o que gera conexão nesse ambiente.

Numa cultura de tolerância ao erro os membros da equipe sentem-se encorajados a tomar a iniciativa, assumindo a liderança e propondo inovações.

Conheça exemplos de erros que resultaram em inovações

Separamos alguns exemplos de experiências que aparentemente deram errado, mas que resultaram em inovações relevantes até hoje. Aposto que você conhece maioria delas, confira abaixo!

Cola instantânea

Em 1942 cientistas manipulavam cianoacrilato, na tentativa de fabricar miras de plásticos transparentes para armas de precisão. Entretanto, esse composto mostrou ser muito grudento, o que impossibilitou seu uso para o propósito inicial, fazendo com que a equipe abandonasse o projeto. Anos mais tarde, um dos cientistas, Dr. Harry Coover, reconheceu que poderia haver outro uso para o material: uma cola poderosa e instantânea.

Notas adesivas

As notas adesivas (conhecidas popularmente como “post-its” e uma das queridinhas da inovação) foram criadas em 1968, na empresa 3M, que buscava um adesivo super-resistente para a construção de espaçonaves. Porém acabou errando na formulação, o que acabou resultando no oposto: um adesivo removível, com baixa aderência e sensível à pressão. 

Palito de fósforo

Enquanto pesquisava uma maneira prática de obter fogo e transferi-lo a um material inflamável, o químico inglês John Walker em 1826, notou que um dos palitos que ele estava usando para mexer uma mistura pegou fogo quando acidentalmente foi raspado contra o chão de pedra. Assim surgiu o palito de fósforo por fricção.

Cookies com gotas de chocolate

Em 1930, Ruth Wakefield era a responsável pela cozinha da pousada que mantinha nos EUA. Um dia, fazendo biscoitos, notou que estava sem chocolate em pó. Usou pedaços do doce em barra na esperança de que derreteriam e se e misturariam à massa. Porém isso não aconteceu, pois ao tirar os biscoitos do forno, tinha inventado os cookies com gotas de chocolate.

Penicilina

A penicilina foi descoberta, por acaso, por Alexander Fleming em 1928. Ele estava estudando substâncias que matassem bactérias em feridas. Durante algumas semanas de férias, ele esqueceu seu material de estudo sobre a mesa. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas tinha sido contaminada por um fungo, e que uma substância produzida por esse fungo foi capaz de inibir o crescimento das bactérias. Surgia nesse momento um dos mais famosos antibióticos da história: a penicilina.

Todos esses exemplos ilustram como os erros podem nos levar a descobertas inesperadas e inovações significativas. Demonstrando que, ao invés de ver o erro como fracasso, podemos encará-lo como uma oportunidade de aprendizado e criatividade

Conclusão

Em resumo, cultivar uma cultura organizacional de tolerância ao erro não é apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade decisiva. É o caminho para inovar, aprender com as experiências e prosperar num ambiente de negócios em constante mudança.

Além disso uma cultura organizacional que tolera o erro se caracteriza também por compartilhar as experiências e lições aprendidas. 

Até porque os erros podem acontecer, o que é se faz necessário em seguida é focar nos aprendizados que podem ser tirados de uma falha para que essa não ocorra mais. E assim, nessa linha de pensamento nós conseguimos nos acostumar com a possibilidade do fracasso, sem prejuízo para os procedimentos diários de trabalho. 

Afinal, o foco está sempre no acerto e nas boas práticas, mas também é importante não termos medo de tentar, algo intrínseco aos processos de inovação.

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Time Vóka
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