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O pato e a inovação

Especialista ou generalista? Confira como o pato nos ajuda a explicar as diferenças entre esses dois tipos de profissionais.

Provavelmente você já deve ter ouvido que o pato é sinônimo de incompetência. Ele é um animal que consegue correr em terra firme, mas não é tão veloz como uma ema. É capaz de voar, mas não tão alto quanto um gavião. E, embora seja um bom nadador, não consegue mergulhar em águas tão profundas quanto um pinguim. Acaba que o pato não se destaca em nenhuma de suas habilidades individualmente. Por essa razão, num primeiro momento, ninguém gostaria de ser como um pato.

Entretanto, os patos são aves com incríveis adaptações, como o formato de seus pés e a oleosidade que impermeabiliza suas penas. Além de muitas espécies de patos que realizam migrações sazonais, voando em bando por milhares de quilômetros. O pato é um animal cosmopolita, sendo encontrado praticamente no mundo inteiro.

Mas um ponto que devemos observar aqui é que diferente da ema, do gavião e do pinguim, o pato tem a grande vantagem de frequentar três ambientes muito distintos e ter um certo “sucesso.”

Em um contexto profissional, com certeza você já se deparou com a recomendação de que deveria se especializar em algum ponto da sua área de atuação, porque só assim conseguiria obter sucesso se destacar.
 

Aprofundar-se em um assunto é sem dúvidas um caminho interessante para novas descobertas. Entretanto, o conhecimento amplo e diversificado facilita a abertura da mente à novas ideias. 

A pluralidade de conhecimentos favorece a interação em equipes multidisciplinares. Em muitas vezes, um dos desafios enfrentados nessas equipes é justamente a comunicação, pois algo que pode ser simples para um, pode não ser para outro. E nesse caso a interdisciplinaridade é fundamental para construir pontes.

A pessoa que profissionalmente se assemelha ao pato no sentido da pluralidade, consegue se aventurar em campos distintos de conhecimento, compreendendo com facilidade e sendo responsável por facilitar os diálogos, fortalecendo a união da equipe. Assim, o próprio aprendizado torna-se mais fácil a este profissional, pois possui adaptabilidade singular.

Outras pessoas, entretanto, podem pensar que o generalista por fazer “de tudo um pouco” (assim como um pato) seria um profissional menos qualificado.

Porém o processo de inovação demonstra que os generalistas são muito importantes, contribuindo, é claro, juntamente com os especialistas.

Por exemplo, se um time possui somente especialistas, o resultado tende a não ser tão eficiente quanto em um time com generalistas. Pois é mais provável que esses generalistas consigam se organizar e dividir as demandas com muito mais rapidez e facilidade. Até porque possuem conhecimentos mais amplos, possibilitando todo esse movimento. Além disso, os especialistas tendem a executar apenas as atividades de sua especialidade, o que não tem nada de errado, até porque são a melhor escolha para fazer isso.

No final a opção é clara: nem patos ou gaviões, aliás, nem generalistas ou especialistas, mas sim ambos.

Não seremos levianos e afirmar que um bom time precisa apenas de patos e que as águias não têm valor. O ponto aqui é que devemos valorizar os generalistas ao nosso redor, porque mesmo não voando, nadando ou andando tão bem quanto um especialista, o trabalho irá fluir muito melhor ao trabalharem em conjunto. Até porque vale mais uma tarefa entregue do que duas desculpas para duas tarefas não concluídas.

A colaboração e cocriação entre indivíduos, a adaptação a mudanças e o aprendizado constante, têm sido fundamentais para a eficiência e sucesso de muitos projetos nos últimos anos.

Organizações inovadoras valorizam a diversidade de habilidades e a colaboração entre membros. Embora a especialização seja importante em diversos aspectos, como profundidade de conhecimento técnico, a capacidade de adaptação e flexibilidade dos generalistas é crucial para lidar com os desafios dinâmicos e imprevisíveis que surgem durante o dia a dia.

Esse conceito de profissionais “patos” reflete a ideia de que equipes compostas exclusivamente por apenas um tipo de profissional, podem ser menos eficazes em lidar com mudanças. Enquanto equipes de generalistas e especialistas têm a capacidade de se adaptar mais facilmente a essas mudanças, distribuindo responsabilidades de acordo com as necessidades do momento e de cada profissional.

Além disso, essa maneira de trabalhar promove a transparência, a comunicação aberta e a responsabilidade compartilhada, o que permite que os times enfrentem os desafios de forma colaborativa e eficiente. Dessa forma, todos têm o seu lugar e contribuição valiosa dentro da equipe.

Inovar não se trata de seguir um conjunto de práticas, modelos ou ferramentas, mas sim de cultivar uma mentalidade de colaboração, cocriação e de adaptação. Valorizar tanto os especialistas quanto os generalistas dentro de uma equipe pode levar a resultados mais eficazes e satisfatórios.

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Time Vóka
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