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Ambidestria organizacional: equilibrando o presente e o futuro em tempos de mudança

Conheça um pouco mais sobre o conceito de ambidestria organizacional e de que maneira as organizações são capazes de equilibrar a execução das estratégias atuais com a preparação para o futuro.

O conceito de ambidestria

Ambidestria organizacional, também chamada de ambidestria corporativa, se caracteriza como a capacidade que uma organização tem em executar simultaneamente a estratégia de hoje enquanto desenvolve a de amanhã. O conceito surge a partir do nosso atual contexto de mudanças contínuas, onde uma empresa almeja obter sucesso a longo prazo.


O termo “ambidestria” de modo geral significa ser igualmente habilidoso com ambos os lados do corpo. Ao trazer para um cenário organizacional, a ambidestria expressa o dilema que se tem ao cuidar do negócio e estrutura atuais e, ao mesmo tempo, olhar para negócios emergentes e estruturas futuras.


As evoluções da tecnologia, as mudanças no comportamento dos consumidores, a turbulência geopolítica e a incerteza econômica mundial confirmam para as organizações a importância da adaptabilidade sem prejudicar o negócio. Esse entendimento representa a capacidade de se mover rapidamente em direção a novas oportunidades, se adequar a mercados instáveis e evitar complacências.


A partir desse cenário, para uma empresa ter sucesso a longo prazo, ela precisa dominar a adaptabilidade e o alinhamento, dois aspectos que definem o que é a ambidestria organizacional.


O dilema é a dificuldade em encontrar um ponto de equilíbrio adequado entre adaptabilidade e o alinhamento. Caso você mantenha um foco muito grande no alinhamento, seus resultados de curto prazo parecerão bons, mas as mudanças vão pegá-lo de surpresa mais cedo ou mais tarde. Da mesma forma, muita atenção para a adaptabilidade significa construir os negócios de amanhã à custas dos de hoje. De modo geral, muitas empresas têm problemas para aplicar o conceito de ambidestria, porém não é uma estratégia impossível de se executar.


Ambidestria Estrutural e a Ambidestria Contextual

A atuação de uma empresa que priorize o alinhamento, possui uma tendência a abordar a ambidestria sob uma ótima estrutural. A chamada ambidestria estrutural visa criar estruturas separadas para diferentes tipos de atividades de um negócio. Essa separação ocorre porque algumas empresas entendem que os dois conjuntos de atividades são diferentes e que não podem coexistir de maneira harmônica.

 

Já na chamada ambidestria contextual, é proposto para as pessoas colaboradoras dividirem individualmente seu tempo entre atividades focadas em alinhamento e também em atividades focadas em capacidade de adaptação.

 

Essas perspectivas se diferem em muitos aspectos importantes, porém não devem ser encaradas como excludentes, e sim como estratégias complementares.

 

Nessa estrutura em que uma organização é ambidestra, os sistemas e estruturas são mais flexíveis, permitindo que as pessoas colaboradoras utilizem seu próprio discernimento sobre como devem dividir seu tempo entre os dois tipos de atividades.

 

Entretanto, vale ressaltar que para fomentar a ambidestria contextual no nível individual, um nível muito maior de atenção deve ser dado ao lado humano da organização.

 

Rapidez e Criatividade versus Escala e Produtividade

Seguindo a mesma visão da ambidestria estrutural e contextual, o autor Arthur D. Little propõe algo alinhado a esse pensamento. Ele sugere que uma empresa ambidestra é aquela que em mercados competitivos consegue continuamente resolver o dilema entre ser rápida e criativa, ao mesmo tempo que se mantém orientada para a escala e produção.

 

Negócios com ênfase em rapidez e criatividade possuem fortes capacidades que permitem antecipação, inovação e adaptação. Isso se traduz em alguns atributos corporativos, como visão e previsão; inspiração e paixão; tentativa e erro.

 

As empresas que se destacam na dimensão de escala e produtividade demonstram fortes capacidades quando se trata de planejamento, bem como otimização e controle, resultando em atributos como formalização e conformidade; controle e monitoramento; histórico e experiência.

 

Esses dois conjuntos de recursos, assim como a ambidestria estrutural e contextual, são frequentemente vistos como opostos e geralmente uma organização foca suas ações em apenas uma dessas dimensões. E da mesma maneira essas estratégias devem ser adotas ao mesmo tempo, viabilizando assim a ambidestria.

 

Concluindo

Como exemplo, podemos citar a Mercur, empresa-mãe da Vóka, que construiu seu Centro de Inovação justamente para que os projetos que mais se distanciam do negócio principal possam acontecer com mais fluidez. Podemos ver aqui o exemplo da ambidestria estrutural, citada logo no início desse texto. A Vóka funciona como um espaço de experimentação, em que são construídos protótipos e executados testes de mercado. Ela também é responsável por provocar transformações, principalmente na atuação dos colaboradores, e mostrar que com mudanças nos comportamentos, hábitos e melhorias de processos é possível se manter atualizado e cada vez mais preparado para o futuro. Por mais que exista esse espaço, em outras atividades da empresa ainda é trazida a pauta da ambidestria, por exemplo, na hora pensar na estratégia é levado em consideração tanto o negócio principal quanto a visão de futuro e possibilidade de novos negócios.

E na sua empresa, como é vista a ambidestria da organização? 
Conta para a gente nos comentários.

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Time Vóka
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